Investidores russos estão desempenhando um papel crescente no mercado imobiliário de luxo do Rio de Janeiro, mostram dados da WhereInRio, uma imobiliária especializada em atender clientes de alto padrão.
Os imóveis que estão sendo procurados por esse público na capital carioca são conhecidos por seus preços elevados, variando de R$ 5 milhões a impressionantes R$ 40 milhões.
Alguns optam por alugar essas propriedades, pagando mensalmente entre R$ 15 mil e R$ 35 mil.
De acordo com Frederic Cockenpot, CEO da WhereInRio, a desvalorização do real brasileiro durante a pandemia de Covid-19 foi um dos principais fatores que despertaram o interesse de estrangeiros em adquirir propriedades no Rio de Janeiro. Esse movimento ganhou ainda mais força com o início do conflito na Ucrânia.
Os números fornecidos pela WhereInRio refletem claramente esse aumento de interesse: antes da crise sanitária, clientes internacionais representavam apenas cerca de 2% dos atendimentos. Hoje, essa proporção já alcança 35%.
“Os russos agora compõem 15% do público de investidores estrangeiros. Os europeus representam 25%, os latino-americanos também 25%, e os norte-americanos lideram com 35%”, detalhou o CEO.
Ele observou que a maioria desses investidores estrangeiros é formada por empresários, profissionais de multinacionais e altos executivos, com um alto poder aquisitivo.
“Normalmente, aqueles que planejam se mudar para o Rio optam por alugar um imóvel inicialmente e, quando encontram a propriedade certa, decidem comprá-la. Além disso, temos russos que vêm à cidade para desfrutar de sua beleza e cultura, alugando imóveis por temporada”, acrescentou.
Quanto às características dos imóveis preferidos pelos russos, eles tendem a escolher propriedades de alto padrão devido à infraestrutura moderna e planejamento arquitetônico, além de estarem localizadas em áreas privilegiadas da capital fluminense.
“Os bairros da zona sul, como Leblon, Ipanema, São Conrado, Copacabana e Lagoa, são os locais favoritos. Além disso, há um interesse crescente na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, devido aos edifícios novos e infraestrutura interna de qualidade que essa região oferece”, explicou Cockenpot.
fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/