O mercado financeiro vive em constante mudança e nos momentos de instabilidade, os investidores costumam repensar suas opções. É o que parece estar acontecendo agora, com o universo das startups passando por um verdadeiro inferno astral e perdendo espaço para ativos mais seguros, como os imóveis.
A quebra do Silicon Valley Bank, maior instituição financeira dos EUA a falir desde a crise internacional de 2008, é um exemplo desse cenário. Com US$ 209 bilhões em ativos, o banco era focado em empresas de tecnologia e flertava com proptechs como a Opendoor e Airbnb. Com sua saída de cena, o crédito disponível na praça diminui, tornando os investimentos mais cautelosos.
A queda de um grande player do mercado de inovação pode ser vista como uma crise de imagem, mas na realidade, a situação é mais complexa. A instabilidade no mercado de risco e os juros altos têm pressionado as proptechs, e algumas delas, como a Nexpe e a Loft, já estão passando por uma correção de rota.
Enquanto isso, os super-ricos estão focando cada vez mais em imóveis como forma de proteger e aumentar suas fortunas. Segundo o “Relatório de Riqueza”, divulgado pela consultoria britânica Knight Frank, cada milionário possui hoje 3,7 imóveis, contra 2,9 em 2022. Diante desse cenário, é importante que investidores e corretores de imóveis estejam atentos às mudanças do mercado e saibam aproveitar as oportunidades que surgem.